O trabalho social na comunidade do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo começou paralelamente à criação do Lar Paulo de Tarso, para lhe dar o apoio filosófico, administrativo, financeiro e de voluntariado.
O Solar Meninos de Luz completou 40 anos em 24/12/2023 e em 24/12/2024 integralizará 41 anos de serviços de assistência às famílias e apoio às amadas Comunidades do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, trabalho iniciado em 24/12/1983 e nunca interrompido. Amplamente desenvolvidas, essas primeiras ações sociais estão hoje organizadas no Programa Família/Comunidade (nova denominação do Programa Realinhar).
Em 18/08/2023 completou 32 anos de realização das ações de educação integral, que foi organizada por demanda dessas famílias que precisavam de Creche para deixar os filhos e assim permitir à mãe o trabalho fora do lar, o que melhoraria a renda familiar. Foi fundada em 18/08/1991 com o nome Programa Prevenir , hoje Programa Educação Integral – que agrega 432 alunos do Berçário I ao Ensino Médio e encaminhamento a Universidades e empregos, aos 17/18 anos, com carga horária diária de 10 horas. Paralelamente, como apoio às famílias dos alunos foi também criado o Programa Familiar, hoje denominado Programa Família/Escola.
Os três programas: Programa Educação Integral, Programa Família/Escola e Programa Família/Comunidade compõem toda a instituição Solar Meninos de Luz (antes denominada Projeto Meninos de Luz).
As mudanças de denominação decorreram das características de amplo desenvolvimento ano a ano do Solar Meninos de Luz, em mais de três décadas, cujas ações foram projetadas a partir das observações do grupo diretor da instituição e das demandas da comunidade. Nunca pararam de se aperfeiçoar em busca dos planos mais altos da educação e assistência social, em sua missão de transformar vidas para a inclusão social, a autonomia e o bem-estar biopsicossocial e espiritual dos moradores atendidos.
A fim de dar apoio filosófico, administrativo, financeiro e de voluntariado às ações do Solar Meninos de Luz, foi criado, em Ipanema, em 05/03/1985 o Lar Paulo de Tarso – Instituição Espírita de Estudos e Assistência Social, pela mesma fundadora do Solar Meninos de Luz, Iolanda Maltaroli, com ajuda de familiares.
Com a ampliação de objetivos e ações educacionais, culturais e assistenciais do Solar Meninos de Luz e o consequente aumento de custos, o Lar Paulo de Tarso – que é autossustentável – não consegue mais arcar com todas as despesas do Solar, motivo pelo qual a instituição está sempre em busca de parceiros e doadores.
HISTÓRIA – de 1984 a 2022
Paralelamente ao desenvolvimento das atividades do Lar Paulo de Tarso em sua sede em Ipanema e na Comunidade, surgiu do contato com as famílias do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho a definição do trabalho futuro, pela grande demanda: elas suplicavam que criássemos uma Creche. Dessa maneira, poderiam deixar seus filhos em segurança e ir trabalhar em paz, melhorando a renda familiar.
Além disso, por essa época, houve na região um agravamento dos problemas de drogas, corrupção e violência, que acabavam por atingir pacatos moradores, incluindo até adolescentes e crianças. No momento de definir uma linha de ação, optamos pela prevenção: iniciar um paciente trabalho, cuidando da criança desde o seu nascimento. A ela ofereceríamos a melhor educação para que, ao crescerem, fossem grandes transformadores da vida na favela.
As ações deveriam propiciar as mesmas oportunidades sociais que tinham as crianças do asfalto e um excelente nível de ensino, para que tivessem instrumentos de competição normal para empregos e universidade no futuro.
A Creche Meninos de Luz foi inaugurada em 18 de agosto de 1991 com apoio do antigo CBIA – Centro Brasileiro para a Infância e a Adolescência. De 1989 até essa data, o trabalho tinha sido intenso: procura de doação de imóvel, de convênios, estudos, estágios da equipe de coordenadores voluntários, seleção e treinamento dos berçaristas. No início, 100% dos funcionários moravam na comunidade. Foram dois anos e meio de obras na casa de número 142 da Rua Saint Roman (a mesma onde já foi a redação de “O Pasquim”). A casa estava invadida por pessoas paupérrimas e em péssimas condições de habitabilidade, cozinhavam em fogueiras. Por generosidade, o humorista e chargista Jaguar disponibilizou a casa para a fundação da Creche, desde que conseguíssemos expulsar os invasores. Resolvemos a vida de todos, doando casa, levando doentes aos hospitais, pagando passagens para os que desejavam voltar para o nordeste. Posteriormente a ASSESPA – Associação Educacional São Paulo Apóstolo, proprietária do imóvel, através de Ronald Levingson, nos deu a casa em comodato.
A equipe diretora da Creche, voluntária, era constituída de Yolanda Maltaroli na supervisão administrativo-pedagógica, Isabella Maltaroli na direção pedagógica, Elza Salek na coordenação pedagógica e Guilherme Maltaroli na direção administrativa.
Em 2013, houve o término da parceria com a UniverCidade, que enviava e remunerava seus professores e Coordenadora pedagógica para as aulas de Ensino Fundamental II e Ensino Médio, devido ao encerramento de suas atividades acadêmicas.
O Solar Meninos de Luz contratou esses profissionais em 2014, mas não houve sintonia com o tipo de educação integral requerido pela instituição, o que causou a demissão de todos no final desse ano. Foram contratados 19 novos profissionais, em 2015, agora selecionados através das exigências de conteúdo e metodologias que já faziam parte do Ensino Infantil e Ensino Fundamental I e com outras a serem implantadas.
A iniciativa foi muito bem sucedida e há perfeita unificação acadêmica e cultural entre o Ensino Infantil e o Ensino Médio, o que faltava ao Solar. Só foi possível pela parceria iniciada em 2014, com a Universidade Estácio de Sá, com recursos financeiros que ajudaram a pagar parte dos professores.
Essa unificação permitiu a modificação dos dois títulos no processo educativo do Solar: de Creche Escola Meninos de Luz (Ensino Infantil e Fundamental I) e Colégio Cidade Meninos de Luz (Fundamental II e Ensino Médio) para o único Colégio Integral Solar (do Ensino Infantil ao Ensino Médio).
Hoje, o Solar Meninos de Luz conta com excelentes professores, sendo em grande número, com Mestrado e Doutorado, que acreditam na educação holística, humanista e nos Princípios Filosóficos de Educação do Solar.
O Centro de Saúde Integral (hoje Centro Solar de Bem-Estar) foi inaugurado em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde, em agosto de 2002, com os setores de Clínica Geral, Pediatria, Homeopatia, Ginecologia, Odontologia, Psicologia, Fonoaudiologia, Enfermaria, Farmácia Solidária e Recepção. Atendeu, até 2006, todos os alunos, familiares e algumas outras pessoas da comunidade.
Em 2009, o Centro de Saúde Integral foi provisoriamente interrompido e transferido para a casa da Rua Saint Roman, 149, da Administração, sendo reativado com parceria da 9ª Vara Criminal, que pagou os custos da nova instalação, em 2010. Funcionou bem, até 2013, mas apenas com ações, em sua maioria, através de parcerias com várias instituições. Os diretores e a área de Captação, além das ações do Lar Paulo de Tarso, sempre estiveram mobilizados para busca de profissionais e voluntários. Houve progressivamente grande avanço nos serviços prestados, sendo que está bem organizado desde 2014 até esta data (2022), com excelente qualidade de médicos e terapeutas, mas ainda sem todos os profissionais desejáveis.
A história do Centro Solar de Bem-Estar se confunde com a do Solar Meninos de Luz, sempre com serviços assistenciais e de saúde para alunos, familiares e pessoas da comunidade.
As famílias atingidas, que não tinham mais como reconstruir seus lares, foram mudando para casas de amigos ou parentes, longe dali. Assim, em agosto de 1984, o grupo observou que entre as crianças vitimadas haviam se infiltrado mais 35, da comunidade. Não se podendo abandoná-las, resolveu sistematizar o trabalho. No final do ano de 1984, eram já cerca de 100 crianças e suas famílias e a assistência era realizada em horários alternados, aos sábados e domingos. Havendo necessidade de todos os tipos de recursos, Iolanda resolveu transformar aquele cada vez maior grupo que participava da leitura do Evangelho e se empenhava no trabalho de assistência social, em uma Casa Espírita. Esta casa foi, por bastante tempo, a mesma em que morava a mãe da dirigente, em Ipanema. A ideia é que a nova instituição fizesse a manutenção da obra social, além de atender a população da zona sul que a buscasse.
Foi criado o Lar Paulo de Tarso – Instituição Espírita de Estudos e Assistência Social, em Ipanema, sendo sua fundação oficial no dia 4 de março de 1985. Desse período inicial, além da família Maltaroli, há grandes trabalhadores que permanecem até hoje no Solar Meninos de Luz e Lar Paulo de Tarso: Ana Beatriz Melo de Figueiredo, Lúcia Melo de Figueiredo, Maria da Consolação Mesquita de Oliveira, Viviane Mesquita de Oliveira, Neide Mesquita de Oliveira e Teresa Seabra.
Em 1984, adquiriu-se um barraco de madeira, então uma pequena “birosca”, na Av. Pavãozinho, 51, em doze prestações mensais. Ao longo de 3 anos e meio de muitas dificuldades e sacrifícios foi construído o prédio do Lar Paulo de Tarso no morro do Pavãozinho, com 4 salas grandes, 2 saletas, 6 banheiros e cozinha.
O prédio foi fundado em 1987 com a placa: “Lar Paulo de Tarso – Espaço Comunidade” e permitiu o atendimento, por seus voluntários, a 250 pessoas diretamente e seus familiares. Os recursos vieram do trabalho de espíritas com bazares, almoços, eventos, promoção de shows, recitais de música clássica e pequenas doações.
O trabalho foi reestruturado e ocorria em vários dias da semana, com ambulatório médico com várias especialidades, farmácia gratuita, pequenos cursos profissionalizantes para as mães e jovens, como corte e costura, tricô, crochê, artesanato; curso para gestantes; doação de leite, roupas, alimentos, enxovais para recém nascidos, visitas aos lares, educação moral Cristã infanto-juvenil e de adultos; fornecimento diário de sopas para as famílias extremamente carentes, doentes, e curso noturno de alfabetização de adultos.
O prediozinho foi o centro das atividades do Lar Paulo de Tarso no morro até 1991, com o foco de Assistência às Famílias, quando foi fundada a Creche, do então chamado Projeto Meninos de Luz, com novos objetivos. O foco passa a ser a criança.
O Projeto Meninos de Luz passou a denominar-se Solar Meninos de Luz em 1999, quando foi traçado um novo plano de metas inspiradas em nossas observações e demandas da Comunidade. Foi subdividido em três programas: Prevenir, que já existia; Familiar, que foi reestruturado (atendendo apenas as famílias cujos filhos estavam no programa de educação do Prevenir) e o Realinhar, melhor organizado para atender a famílias da comunidade em geral, que vivem em estado de penúria material e cujos filhos não estão no programa de educação, além de orientação para volta aos estudos e cursos profissionalizantes (em 2006 mudou o título para Programa Comunidade).
O plano de organização social e expansão da educação (Prevenir, hoje, Programa de Educação Integral) foi sistematicamente cumprido. Alcançou a meta na data prevista (2006), com a saída do primeiro grupo de jovens formados no Ensino Médio, com 17 e 18 anos, encaminhados ao ensino superior e empregos. A UniverCidade ofereceu bolsas de estudo integral aos alunos, que deveriam ter boas notas para continuar.
Em 2004, constatamos que os alunos já podiam colaborar com a sociedade. Criamos o Projeto Meninos Solidários, em que por dois anos visitaram asilos de idosos e hospitais pediátricos para vítimas de câncer, leucemia e AIDS, fazendo apresentações artísticas, levando presentes manufaturados nas aulas de artesanato e promovendo sessões de terapia ocupacional com aulas dadas por eles. Os pais participavam nas visitas. Esse movimento foi intermitente, com alguns momentos sem atividades, sendo vários outros de intensos serviços prestados, como em 2011, com início do trabalho social no Caranguejo, que foi realizado por alunos do Ensino Médio. Em 2016, o trabalho de responsabilidade social foi tornado obrigatório, tendo o aluno que prestar 30 horas anuais de serviços à Comunidade, no Solar ou fora dele.
Em fevereiro de 2005, iniciamos as obras para criação do Centro Cultural e Centro Esportivo, com recursos não reembolsáveis do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Buscamos qualificar melhor as oficinas de artes e criar atividades esportivas. A inauguração do Centro Esportivo ocorreu em 2006 com uma quadra poliesportiva, vestiários, salão de multimeios e fundações para piscina semiolímpica. O Centro Cultural ganhou a Biblioteca Comunitária Paulo Coelho, o Núcleo de Artes Plásticas e Artesanato Cristina Oiticica, salas de música e um Teatro profissional para 400 pessoas. Posteriormente, por necessidade de espaço para atividades esportivas e ambiente para eventos do Solar e Comunidade, no espaço reservado para a piscina, foi construída a quadra poliesportiva coberta.
Em 14/06/2010, o Centro Cultural Meninos de Luz foi formalmente credenciado como Ponto de Cultura pela Secretaria Estadual de Cultura.
Em 2007, Furnas Centrais Elétricas repassou recursos para recuperação das garagens que estavam com infiltrações. Criamos o Laboratório de Ciências, a Galeria de Arte (2008), um depósito para doações às famílias e lojinha para a venda de móveis doados.
A partir de 2014, devido ao rombo financeiro pela contratação e necessária demissão dos profissionais em 2014 e admissão em número de 19 educadores da nova equipe acadêmica, em 2015, o Solar foi obrigado a provisoriamente fechar o Ensino Médio, com a promessa de ter em 2016 o 1º ano, em 2017 o 2º ano e em 2018 o 3º ano, assim restaurando o segmento. No ano de 2016, o 1º ano estava em funcionamento, e o Solar cumpriu seu compromisso nos anos seguintes. Fomos obrigados a dar um passo atrás para qualificarmos o ensino, caminhando muitos passos à frente.
Grandes avanços foram realizados na metodologia e conteúdos interativos e transversais, em todas os segmentos, com a concretização do ensino através de Projetos. Houve também introdução de novas tecnologias, como plataforma digital Moodle e o uso de tablets pelos alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio.
O Solar Meninos de Luz, em 2016, realizou seu primeiro Seminários de Educação, tendo sua 2ª edição em 2019 e no ano seguinte a 3ª edição, uma versão extraordinária online, a fim de esclarecer e debater as principais dúvidas acerca do Covid-19.
A fim de garantir a continuidade dos estudos durante a pandemia, o Solar investiu na sua infraestrutura de redes, que aliada a plataforma Google for Education dando origem ao projeto SolarTech.
Em 2021, com o retorno das aulas presenciais e com o apoio da Lego Education, o Solar inicia suas aulas de Robótica consolidando uma nova era tecnológica que estava por vir.
O Programa de Educação Integral dedica-se a crescer em qualidade, oferecendo aos alunos educação em sintonia com as modernas características e necessidades do século XXI.
O dinamismo do Solar é percebido no desenvolvimento educacional, cultural e ético das crianças e jovens, na valorização pelas famílias da educação de seus filhos, e na grande integração com a comunidade e com a cidade do Rio de Janeiro.
Mas esse fator, que desencadeou novas atividades e ações, provoca aumento de custos. A busca da sustentabilidade é um exaustivo trabalho.
As empresas em geral investem em bens e serviços, em projetos pontuais, mas dificilmente no custeio (pessoal, encargos, luz, telefone, etc.). Não há incentivo fiscal para doações em educação e assistência social, a área em que atuamos.
No futuro, o Solar deverá aprimorar as ações para a sustentabilidade e necessita formar um fundo de investimento para melhorar a qualidade do que existe e garantir a perpetuidade.
Novos parceiros são fundamentais para o custeio através de participações financeiras fixas e esporádicas. Pretendemos também atender a demanda da população da Comunidade por uma escola noturna do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, buscando parceiros.
Um capítulo à parte em nossa história é a participação de nossos parceiros. Desde 1996, começamos a buscar empresas patrocinadoras e doadores, pois o Lar Paulo de Tarso não conseguia mais arcar com tão expressiva despesa. Esses parceiros são hoje grandes amigos, sem os quais não conseguiríamos a qualidade e a extensão do trabalho.
Ficaram em nossa história: CBIA – Centro Brasileiro para a Infância e Adolescência, depois substituído pela Secretaria Municipal de Assistência Social, depois de Educação; Instituto Paulo Coelho, UniverCidade, Furnas Centrais Elétricas, BNDES, Fundação Vitae, Instituto Pró-Vida, Artplan, Approach, Conspiração filmes, Firjan, SRCom, KPMG, Bichara, Barata e Costa Advogados, Edu-Pró Raízes, Trigona Advogados Associados, ValorArte, Capemisa, Contempory, IBM, Jornal Posto Seis ,Monobloco, Portal da Cabala, Firjan-SESI Cidadania e mais recentemente, Universidade Estácio de Sá e Mais Caminhos, além de outras.
Inicia-se, então, o Programa Prevenir, de educação preventiva e holística, fazendo parte do Projeto Meninos de Luz (hoje SML), desde o nascimento com os mesmos princípios filosóficos de hoje, mas com metas e ações modificadas no correr do tempo. Nesse Programa, as crianças teriam horário integral de 9 horas na instituição, do Berçário à Classe de Alfabetização, assim chamada à época. Iriam às escolas públicas e, no outro turno, ficariam conosco com almoço e lanche, oficinas, reforço escolar, etc. Esse segmento educacional passou a chamar-se Creche Meninos de Luz.
O Programa Prevenir, projetado, ao expandir-se, teria que se comportar como numa família de classe média: cursos, esportes, cuidados com saúde. Então deveria construir seus espaços culturais, de educação, de saúde, de esportes, bibliotecas, teatro, laboratórios de informática, porque nada havia na comunidade. A cada período, busca de casas. A cada casa, uma longa história de sacrifícios e desafios, mas de conquistas lentas.
Fatos graves que ocorreram nas boas escolas públicas para as quais encaminhamos nossas crianças do C.A., a enorme defasagem de ensino e a demanda de crianças e pais, nos fez reformular o projeto inicial e criar a Escola, em 1997, do chamado à época C.A. – Classe de Alfabetização – à 4ª série ( hoje 1º ano ao 5º ano). A partir daí recebeu a denominação de – Creche Escola Meninos de Luz, unificando desde o Berçário I à 4ª série. Conforme as crianças foram crescendo, mais uma vez essas ocorrências nos fizeram oferecer a 5ª série (6º ano, hoje) no ano 2000, iniciando-se o apoio da UniverCidade, através da Assespa, pagando todos os professores. Posteriormente houve continuidade do Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano) e Médio (1º ano 3º ano) pela parceria com a UniverCidade.
No início, decidimo-nos por turmas de apenas 15 alunos, para que o cuidado fosse mais personalizado, mas posteriormente nos rendemos à realidade de demanda e passamos para 20 e depois 25 alunos. Há apenas uma turma de cada série, propiciando maior acompanhamento e também pela falta de espaço.
A partir do ano 2000, houve um grande desenvolvimento das atividades complementares, devido às parcerias com o Instituto Paulo Coelho e Furnas S.A. principalmente, mas com voluntários e parcerias menores. Multidisciplinaridade com educação formal, Estudo Dirigido e Oficinas de Jornal, Cozinha Experimental, Artes Plásticas, Capoeira, Maculelê, Balé, Dança Contemporânea, Teatro, Coral, Musicalização, Flautas e Percussão, Informática: Informática Educativa pela manhã, Info-jogos, Curso de Digitação e cursos de Inglês e Espanhol , etc. – no horário da tarde, incluídos no currículo.
Em 2003, iniciamos as primeiras oficinas profissionalizantes para jovens e adultos da Comunidade: ACD – Auxiliar de Consultório Dentário (em conjunto com o ainda aqui denominado Centro de Saúde Integral) e uma Oficina de Artesanato que, em 2004, se transformou no Núcleo de Artes e Artesanato Christina Oiticica com diversas Oficinas, incluindo Costura, o que foi realizado com patrocínio de Furnas.
Na madrugada da véspera de Natal de 1983, em 23/12/1983, uma grande caixa d´água comunitária desmoronou do alto do morro do Pavãozinho sobre os barracos, tudo destruindo e matando 12 pessoas pertencentes a oito famílias. De manhã cedo, Iolanda Maltaroli de Moraes Rego subiu o morro para prestar algum auxílio, levando provisões e roupas às vítimas abrigadas na Associação dos Moradores do Pavão-Pavãozinho. A população do Rio de Janeiro logo se mobilizou, enviando uma grande quantidade de gêneros. No entanto, as famílias desesperadas, chorando, precisavam de consolo, orientação e preces, o que a dirigente procurou fazer. Convidada a voltar, no dia seguinte, ela subiu com as filhas Andréa e Isabella, adolescentes, que também ajudaram realizando atividades recreativas com as crianças vitimadas. Na outra semana, novamente solicitados, levou os filhos Guilherme e Daniel e amigos que participavam de um encontro para leitura do Evangelho, que funcionava na casa da mãe da dirigente, Brígida Lopes Ascención Maltaroli. Aos poucos, pelo interesse despertado, foi organizado ali na rua, sobre uma grande pedra lisa e, por algum tempo, na sala da Associação de Moradores, um trabalho assistencial emergencial. Os poucos voluntários se desdobravam para dar educação moral Cristã para crianças, jovens e adultos, recreação, atendimento médico, doação de medicamentos, enxovais para recém-nascidos, leite, roupas e alimentos, pois após algum tempo, a população deixou de enviar donativos. O “ambulatório médico” funcionava no banheiro da Associação de Moradores e as outras atividades, durante dois anos, foram realizadas sobre aquela pedra, que ficava em frente.
O Solar Meninos de Luz deve muito aos seus voluntários, que desde o início tiveram papel relevante em todas as fases do trabalho. Antes, em sua quase totalidade, eram trabalhadores do Lar Paulo de Tarso. Hoje, o quadro de voluntários continua com essa característica, mas inclui estrangeiros e colaboradores que chegam de todos os lugares e empresas.
Sem o voluntariado, não existiria o Solar.
Teste teste
queda de uma caixa d’água que alimentava casas da comunidade; mortos, feridos, destruição na comunidade do Pavãozinho e Cantagalo.
chegada de Yolanda Maltarolli seus filhos à comunidade, levando mantimentos e roupas.
início dos trabalhos assistenciais nos finais de semana
Compra do barraco ( casa, nº51, no Pavãozinho) para a construção da Assistência Social do Lar Paulo de Tarso.
100 crianças e 40 mães freqüentam as atividades realizadas nos fins-de-semana.
Fundação do Lar Paulo de Tarso para a manutenção do trabalho Assistencial na comunidade
Fundação do Bazar (de objetos usados doados) no Lar Paulo de Tarso para ajudar a comunidade.
Teste
Teste
Teste 1
Tá indo pro ar em breve!