Neste espaço, você tem acesso às notícias divulgadas na mídia sobre o Solar Meninos de Luz.
A partir dos 38’11”, a entrevistadora do programa Band Mulher, Gardênia Cavalcanti, entrevista nossa diretora Isabella Maltaroli e a querida Andrea Natal, diretora-geral do nosso parceiro Belmond Copacabana Palace.
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RIO — A sala de aula tradicional, em que os alunos se sentam em carteiras enfileiradas enquanto o professor transmite o conteúdo na lousa, já não é mais considerada a maneira mais eficaz de ensino para muitas escolas e para pais. Por isso, é comum a oferta de pedagogias diferenciadas : montessoriana, Waldorf , construtivista, metodologia ativa e freiriana, entre outras.
A escola montessoriana Meimei ganhará uma unidade no Jardim Botânico em 2020, voltada para a educação infantil . O método, criado na década de 1940 por Maria Montessori , valoriza a individualidade de cada aluno, respeitando os diferentes ritmos de aprendizado.
O Meimei não divide os alunos por séries, mas em agrupamentos com alunos de até 3 anos de diferença. Montessori , a primeira médica italiana, considerava que, assim como no ambiente familiar existe uma troca rica entre parentes de idades diversas, na sala de aula esse intercâmbio pode ser proveitoso na aquisição de conhecimento.
— A linguagem de quem está mais próximo pode facilitar o entendimento. O professor não é onipotente, os alunos são ativos na busca pelo conhecimento. Banimos a sensação de competição — relata Sônia Braga, diretora do Meimei e presidente da Organização Montessori do Brasil.
Um tutor está sempre presente em sala para ajudar os alunos que precisarem de apoio. As aulas são dadas pelos especialistas de cada matéria, em turnos de 15 a 20 minutos, para pequenos grupos. Não são usados livros didáticos na Meimei, pois cada aluno segue um ritmo diferente e só avança para o próximo conteúdo quando tem o primeiro sistematizado.
— Cumprimos as regras do MEC , mas de forma diferente. Se um aluno não conseguiu avançar em matemática, mas foi bem nas outras disciplinas, no ano seguinte ele terá atendimento aprofundado no que teve dificuldade, mas continuará aprendendo os demais conteúdos normalmente — explica Sônia.
Maria Montessori também desenvolveu brinquedos e materiais próprios, chamados de enxoval, que facilitam ao aluno trazer o conteúdo transmitido para o concreto. Quanto menor a criança, menos desenvolvida está sua capacidade de abstração, o que é suplantado por estes objetos táteis. Durante a alfabetização, por exemplo, são usadas lixas de letras cursivas, nas quais os alunos passam os dedos com os olhos fechados para aprender o formato que deverão escrever.
— Os conceitos são elaborados a partir do toque. É um suporte sensorial e visual que ajuda a criança a absorver e memorizar a informação — sintetiza Sônia.
Única em Niterói a seguir integralmente a metodologia, a Nitim (Niterói International Montessori), escola de educação infantil, abriu sua primeira unidade em 2015, em Icaraí. Em 2016, a rede foi expandida para o Gragoatá. Com foco na formação de um indivíduo independente, as aulas são adequadas para que as crianças se movimentem e se expressem livremente, revelando naturalmente sua personalidade. Os móveis e materiais são colocados na altura dos alunos, justamente para que eles tenham total autonomia para utilizá-los.
A preparação para a escrita começa nos exercícios da vida prática e no treinamento sensorial. Com o conhecimento dos sons das palavras, o professor passa a apresentar à criança as letras do alfabeto de forma gradual.
— As crianças é que acabam estabelecendo seus próprios limites, mesmo sem perceber. Quando pegam um material ou brinquedo, elas botam um carpete. E quando terminam a atividade, são elas que recolhem e colocam tudo de volta no lugar — diz a diretora Rafaela Azeredo.
Já na pedagogia Waldorf, concebida há cem anos pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner, a arte é usada como caminho para a aprendizagem. Pinturas, desenhos e canções fazem parte do cotidiano escolar.
Nas escolas que seguem esta filosofia também não são usados livros didáticos, somente cadernos sem pauta e materiais naturais, como giz de cera de abelha.
Inaugurada em 2016, a escola infantil Jardim São João, no Bairro de Fátima, também em Niterói, está prestes a receber, da Secretaria municipal de Educação, o alvará definitivo para seu funcionamento, tornando-se, oficialmente, a única escola niteroiense a utilizar a abordagem. Hoje, ela tem 40 alunos. Lá, as crianças são estimuladas à interação com instrumentos musicais, formas geométricas, telas de pintura, linhas e agulhas, além de esculturas de lama e argila. Celulares e demais eletrônicos são terminantemente proibidos. É o que explica a diretora Ana Carmelita.
— As crianças aprendem a brincar sempre juntas, mas sem competição. A alimentação é de caráter vegano, e priorizamos produtos orgânicos. E são os próprios pais dos alunos que integram a direção e administram a sustentabilidade financeira da escola — explica a diretora, ressaltando que no ensino infantil Waldorf, a criança é protegida de qualquer estímulo intelectual para que desenvolva toda sua parte motora: o aprendizado de letras e números é substituído por atividades práticas, como brincadeiras livres, contação de histórias e desenhos.
Hoje, o Jardim São João atende crianças de 2 a 6 anos incompletos. A unidade tem um projeto para, já em 2020, inaugurar uma sede, também no Bairro de Fátima, contemplando o berçário (de 6 meses a 2 anos incompletos).
— Muitas famílias da Região Oceânica, de bairros como Camboinhas, Piratininga e Itaipu, põem seus filhos na nossa escola. Isso é uma prova de que existe demanda na cidade para a Waldorf — conclui Ana Carmelita.
No Jardim-Escola Michaelis, em Botafogo, por exemplo, os alunos recebem o conteúdo em ciclos. Num mês se aprende matemática, no outro português, no próximo biologia — e assim por diante. De acordo com a metodologia, é uma forma de o aluno ter tempo para digerir o conteúdo. A escola contempla o berçário e o ensino fundamental I.
Para além do desenvolvimento intelectual, preocupa-se com a maturidade emotiva dos alunos.
— Focamos na capacidade de a criança se desenvolver por si mesma. Se um aluno fica retido em uma série, é mais por ele não ter preparação emocional para seguir com aquele grupo do que por ele não ter aprendido os conteúdos didáticos — conta a coordenadora pedagógica Lara Cunha.
Considera-se que as crianças ainda não têm capacidade de julgamento, então não são induzidas a desenvolver um senso crítico desde cedo. Pela pedagogia, é preciso esperar até que as crianças tenham preparação emocional para processar questões difíceis.
— Nós protegemos nossos alunos até que eles tenham estômago para digerir certas informações. Nós não problematizamos escravidão com crianças do fundamental I. As diferenças sociais só são exploradas no ensino médio — esclarece Lara.
Para Juliana Assunção, mãe de três alunos da instituição, as crianças não têm dificuldade para se adaptar a outras pedagogias, mas notam diferenças ao saírem da escola.
— Meu filho Caio ficou dez anos no Michaelis e saiu de lá sem nunca ter feito uma prova. Quando expliquei como funcionava, ele considerou um tipo de desafio. Ele sente que o método tradicional é mais cansativo — conta Juliana, professora de artes manuais.
Além das pinturas feitas em sala de aula cotidianamente, os alunos do Jardim-Escola Michaelis têm aulas de música, trabalhos manuais, horta e plantio e alemão. Entre as oficinas extracurriculares, oferecidas na parte da tarde, estão circo, música e teatro.
— Na pedagogia Waldorf, a arte é um caminho. Ela permeia todo o currículo, sensibiliza o aluno para o aprendizado de forma diferenciada. É uma ferramenta a mais para dar conta daquilo que costuma vir de uma forma mais seca — opina Juliana.
Inspirada na obra do psicólogo suíço Jean Piaget, a base do pensamento construtivista considera que há uma elaboração do conhecimento e, para que isso aconteça, a educação deverá criar métodos que estimulem esse caminho. Entre as estratégias aplicadas pelo Colégio Miraflores, em Laranjeiras, que segue a linha construtivista, está o “erro”. A coordenadora pedagógica da instituição, Cíntia Freitas, explica que é um meio de olhar para um universo que pode surgir a partir de novos questionamentos.
— “Que novas perguntas nós vamos fazer?”, “Que novos caminhos nós vamos buscar?”, “Por quais veredas nós vamos caminhar para chegar às respostas?”. Essa questão do erro traz uma composição muito dialética, filosófica e questionadora para a rotina dos alunos, o que é muito importante.
Essa linha pedagógica entende que o aprendizado se dá em conjunto entre professor e aluno. De acordo com Cíntia, o professor é um mediador do conhecimento que os alunos já têm, e, em busca de novos conhecimentos, ele cria condições para que o estudante experimente situações nas quais ele próprio vai construir os saberes.
— Hoje não há o professor estático, que só ensina, e o aluno estático, que só aprende. Há uma grande permissão para que o conhecimento seja socializado — diz.
Já quando o assunto são avaliações, a instituição tem uma abordagem particular e diverge um pouco da linha metodológica inspirada em Piaget, que não costuma se valer de provas e testes. A instituição faz uso das avaliações quantitativas. No entanto, elas são integradas: matemática com geografia, história com língua portuguesa, ciências com inglês.
— Não é uma avaliação para punir, mas para que a criança tenha a segurança inicial de mostrar aquilo que ela já consegue fazer sozinha. A palavra de ordem do construtivismo hoje, olhado sob esse prisma do novo olhar para a educação, é a oferta de oportunidades, o que permite que os alunos coloquem a mão na massa e construam o seu conhecimento.
Apesar de se considerar construtivista, o Miraflores utiliza algumas técnicas da metodologia ativa.
O termo metodologia ativa foi cunhado pelo professor inglês Reg Revans e se refere a um conjunto de atividades centradas no aluno. O objetivo é a aprendizagem de cada criança e não o ensino de cada matéria.
O colégio Eleva, em Botafogo, é um dos representantes dessa metodologia. Coordenador pedagógico da escola, Márcio Cohen afirma que o método ajuda no desenvolvimento de talentos que vão além da simples memorização e compreensão, incluindo habilidades de aplicação, análise, avaliação e criação de hipóteses.
— Na metodologia ativa, em boa parte do tempo do aluno na escola ele está produzindo intelectualmente e não só consumindo. Ele é constantemente estimulado a refletir e a ter uma visão crítica — diz Cohen.
Entre as técnicas da metodologia ativa estão a sala de aula invertida, na qual o estudante tem acesso ao conteúdo de forma antecipada, podendo ser on-line para que o tempo em sala de aula seja otimizado; e a aprendizagem baseada em problemas, que tem como propósito fazer com que os estudantes aprendam por meio da resolução colaborativa de desafios.
Numa aula típica, os alunos do Eleva sentam-se em pequenos grupos e o professor costuma circular pelas ilhas para promover o aprendizado. Inicialmente o professor compartilha os objetivos com os alunos para estabelecer o foco do dia e permitir que as crianças monitorem seu progresso. Em seguida, ele pode levar a cada grupo uma questão para que seja discutida. Os exercícios são corrigidos entre os pares, com o uso de critérios definidos.
— Ao circular entre os grupos, o professor consegue estimular o progresso, identificar as dificuldades e trabalhá-las. O aluno tem a liberdade de pensar, de criar e estruturar, mas também temos avaliações formativas que permitem verificar se o objetivo da aula foi atendido — ressalta Cohen.
O educador e filósofo brasileiro Paulo Freire é reconhecido como um dos primeiros a utilizar a problematização como alternativa para se chegar ao pensamento crítico. Além disso, o educador defendia um ensino que fosse próximo ao repertório social e cultural de cada um e a relação horizontal do saber, na qual o professor não é o detentor do conteúdo. Outro ponto-chave da pedagogia freiriana é a importância do ensino integral.
O Colégio Integral Solar, que faz parte da ONG Solar Meninos de Luz, em Copacabana, oferece aulas para crianças e jovens moradores das comunidades do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo. Uma das filosofias adotadas é a de Paulo Freire. A diretora pedagógica, Isabella Maltaroli, explica que a escola busca propiciar conteúdos de acordo com a experiência de vida dos alunos.
— Além de visita às famílias, temos projetos dos quais os pais participam nas escolas, e com isso conhecemos cada vez mais a realidade dos nossos alunos e podemos propor atividades que estejam conectadas com suas vivências. Estimulamos diferentes pontos de vista sobre problemas da comunidade. E, em vez de livros didáticos, juntos elaboramos cartilhas que nos aproximam e facilitam o aprendizado. E assim como Paulo Freire, acreditamos no ensino verdadeiramente integral como um dos pilares para educação efetiva — diz Isabella.
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