O Solar Meninos de Luz promove uma educação integral e inclusiva, que reconhece e valoriza as diferenças individuais. O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é uma oportunidade especial para reforçarmos que todas as crianças e jovens — incluindo aqueles com Transtorno do Espectro Autista (TEA) — têm o direito de aprender, se expressar e se desenvolver plenamente.
Por meio de projetos pedagógicos e culturais que incentivam a participação de todos, independentemente de suas particularidades, o Solar fortalece a inclusão e atua no combate a estigmas e preconceitos.
Com um olhar atento ao bem-estar e à trajetória de cada aluno, estruturamos uma Sala de Recursos — um espaço pedagógico adaptado, pensado para oferecer suporte direcionado ao desenvolvimento de estudantes com necessidades educacionais específicas. Ali, o acolhimento, o estímulo e o respeito à diversidade cognitiva, emocional e social caminham juntos.
Além disso, contamos com uma equipe dedicada de 10 mediadoras escolares, profissionais fundamentais para garantir que cada estudante receba o apoio necessário ao longo do processo de aprendizagem, promovendo autonomia e inclusão dentro da sala de aula regular.
Sabemos que é preciso ampliar a compreensão e o respeito à neurodiversidade. E é na Escola de Pais que essa escuta se aprofunda: promovemos rodas de conversa, palestras e atividades de integração que fortalecem os vínculos entre escola, família e comunidade.
Celebrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo no Solar é mais do que vestir azul. É dar visibilidade às histórias, às conquistas e aos desafios de nossos alunos com TEA. É educar para a empatia, para o respeito e para o convívio com a diferença. É afirmar, com todas as letras, que inclusão não é um favor — é um direito.
Por meio de seus projetos educativos, artísticos e esportivos, o Solar constrói diariamente uma rede de apoio e afeto onde todos têm espaço para brilhar com a própria luz.
No compromisso constante de oferecer o melhor para seus alunos, o Solar Meninos de Luz marcou presença em mais uma importante iniciativa de formação e troca de experiências. Nos dias 14 fevereiro e 22 de março, educadores da nossa Escola de Música participaram de capacitações promovidas pelo Programa Aprendiz Musical, na Casa Aprendiz, no bairro do Fonseca (Niterói), com atividades que inspiraram, provocaram reflexões e reforçaram a importância das redes colaborativas na educação musical.
A professora Alessandra Almeida, coordenadora das atividades complementares do Solar, foi uma das participantes convidadas, e expressou o impacto da experiência:
“Fiquei extremamente sensibilizada e feliz pela oportunidade de receber tanta riqueza de trocas e reflexões profundas sobre o aprender/ensinar. Um sábado inteiro de dinâmicas que nos incentivavam a todo momento à análises do nosso cotidiano como educador e gestor, para nunca esquecermos qual nosso propósito final – nossos alunos!”
A formação foi conduzida por profissionais de destaque, como a diretora do Festival de Londrina, Magali Kleber, e a psicóloga Lígia Pimenta. A dupla promoveu dinâmicas de grupo que estimularam a construção coletiva do conhecimento, a partir de experiências vividas pelos próprios participantes. Foram criados um varal de ideias, uma linha do tempo e um mapa de empatia que ajudaram a identificar desafios, sonhos e propostas de melhoria nas práticas pedagógicas musicais. O encerramento emocionou com uma ciranda colaborativa que simbolizou a união dos propósitos educacionais.
No encontro do dia 14, o destaque ficou por conta da palestra “Encontros Musicais: Caminhos e Pontes para um Propósito”, ministrada por Marcelo Jardim, professor da UFRJ. Ele compartilhou sua trajetória no universo da música coletiva e abordou a importância de ações pedagógicas inovadoras, que desenvolvam não apenas habilidades musicais, mas também aspectos criativos e emocionais dos alunos.
“Promover a capacitação enriquece o Programa e estimula muito os professores, para que eles próprios desenvolvam ações e propostas pedagógicas que, com certeza, vão acrescentar muito a todo o Aprendiz”, afirmou Marcelo Jardim.
O coordenador da Escola de Música do Solar Meninos de Luz, Rodrigo Belchior, também celebrou a participação no encontro:
“Gosto muito de promover essas capacitações porque a gente precisa interagir, conectar um projeto ao outro. Acho muito legal ver um professor do Solar estar ali, compartilhando saberes com outros projetos. Precisamos formar redes e mostrar que todos têm suas dificuldades, mas também suas práticas e conquistas. A Alessandra brilhou! Foi incrível ver a contribuição dela nesse espaço tão potente.”
A experiência no Aprendiz Musical reafirma o que o Solar Meninos de Luz acredita: educação se faz em rede, com diálogo, escuta, afeto e constante aprendizado. Seguimos comprometidos em fortalecer a formação dos nossos educadores para transformar, com ainda mais qualidade, a vida de nossas crianças e jovens por meio da arte, da cultura e da música.
Receber o maestro Luiz Martins no Solar Meninos de Luz foi mais do que uma visita ilustre: foi o encontro de dois projetos que compartilham valores e propósitos. Em meio às aulas de música, o maestro trocou vivências, conheceu nossas metodologias e se conectou com a essência do que move o Solar — a transformação social por meio da educação e da cultura.
Com uma trajetória admirável, Luiz Martins é maestro titular, diretor artístico e fundador da Orquestra Filarmônica de Alagoas, tendo conduzido mais de 80 concertos em seis anos. Formado em Música pela UFAL e mestre em Regência pela Universidade de Aveiro (Portugal), já participou de formações em países como Alemanha, EUA, Venezuela, Chile e Portugal, agregando uma visão ampla, sensível e inclusiva à sua prática.
Além de regente, é compositor, multi-instrumentista, preparador vocal e diretor musical, com forte atuação em projetos sociais. Destaque para o “Sons do Nosso Lar” e a “Orquestra e Coro Infantojuvenil da Pitanguinha”, que promovem inclusão e cidadania por meio da música, em comunidades de Maceió.
Foi justamente esse compromisso com a transformação social que fez sua presença no Solar tão significativa. Ao compartilhar experiências e escutar nossos jovens, Luiz reforçou os laços entre a prática musical e a educação humanizada. Seu olhar atento e generoso, somado ao entusiasmo diante do projeto, reafirmam a música como caminho de emancipação.
Reconhecido por sua atuação com prêmios como a Comenda Pe. Teófanes Araújo Barros e o Prêmio Selma Britto, Luiz Martins é exemplo vivo de que excelência artística e responsabilidade social caminham lado a lado.
Sua visita foi um presente e um símbolo de que estamos no caminho certo: formando, com sensibilidade e rigor, cidadãos capazes de transformar o mundo.
Em novembro desse ano, o Brasil será palco de um dos eventos mais importantes do mundo: a COP 30, que reunirá líderes globais, cientistas e ativistas em Belém, na Amazônia, para debater o futuro do planeta frente à crise climática.
Mas enquanto as atenções se voltam para discussões internacionais, as comunidades do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo debatem o impacto desproporcional que as comunidades de favelas sofrem com os eventos climáticos extremos. Enchentes, deslizamentos e ondas de calor não são apenas problemas ambientais – são desafios sociais que evidenciam desigualdades históricas e pedem soluções inclusivas e sustentáveis.
À convite da Escolas da Libertação, os alunos do Solar Meninos de Luz puderam unir educação, consciência ambiental e protagonismo juvenil. Para os alunos da instituição, as discussões sobre a crise climática não são apenas teóricas. Elas são vividas no dia a dia, refletidas nas chuvas intensas que muitas vezes põem em risco suas casas e suas famílias. É por isso que engajar esses jovens nesse debate é não apenas urgente, mas transformador.
“Esse não é só um movimento para o agora; é o começo de algo maior,” reflete Cybelle, diretora pedagógica do Ensino Médio do Solar Meninos de Luz. “Estamos plantando sementes de conscientização e empoderamento que vão crescer junto com esses jovens.”
Ao unir educação e protagonismo juvenil, o Solar Meninos de Luz oferece um exemplo poderoso de como questões globais podem (e devem) ser discutidas a partir da realidade de quem mais sofre seus impactos. Essa conexão com a COP 30 não é apenas simbólica – é um lembrete de que a transformação climática começa com ações locais, lideradas por vozes que muitas vezes são silenciadas.
No mês onde celebramos o Dia da Consciência Negra, o Solar Meninos de Luz promoveu diversas atividades, onde nossos alunos tiveram a oportunidade de refletir sobre a história, a cultura e as contribuições da população negra para a sociedade brasileira.
Começamos contando com uma doação de valor inestimável de alguns jovens do ensino médio da Escola Americana, que nos presentearam com 40 livros novos de literatura infanto-juvenil com essa temática e que foram trabalhados em sala de aula.
Contamos também, com algumas contações de histórias, trabalhando os livros “Minha família colorida” e “Princesa Violeta é 10” com a participação das próprias autoras dos livros, Georgina Martins e Veralindá Ménezes, tornando essa experiência ainda mais rica.
Tudo isso, tendo como palco a nossa Biblioteca Comunitária Paulo Coelho, que foi especialmente decorada com a temática e ganhou uma rica exposição com o acervo doado
“O evento de encerramento foi muito especial e trouxe grande alegria para todos”, reforça a bibliotecária Eliana Rodrigues, que, juntamente com a diretora pedagógica do fundamental 1, Rosemarie Ramalho, desenvolveu esse projeto tão atual e estimulante para todos os alunos aqui do Solar.
Sabemos o quanto é importante, principalmente num lugar onde a maioria da população é negra, ter suas raízes e histórias representadas e celebradas.
“Nos baseamos no tema do ENEM de 2024, que foi a ‘herança da cultura africana no povo brasileiro’ para marcar a posição de que trabalhando o respeito poderíamos estimular a consciência dos nossos alunos e promover, assim, a formação antirracista.”
Ao aprender sobre diferentes culturas e experiências, os estudantes desenvolvem empatia e respeito pelos outros, contribuindo para a formação de uma sociedade mais justa, igualitária e consciente das suas raízes culturais e históricas.
A desigualdade na educação é um dos maiores desafios enfrentados pelo Brasil. De acordo com uma pesquisa do IBGE, a taxa de analfabetismo entre brasileiros pretos e pardos é de 7,4%, mais do que o dobro da taxa entre a população branca. Além disso, o abandono escolar é um reflexo dessa desigualdade, com sete em cada dez jovens que não completaram o ensino médio sendo pretos ou pardos. Essas disparidades destacam as dificuldades enfrentadas pelas populações vulneráveis em acessar uma educação de qualidade.
Diversos fatores contribuem para o abandono escolar, entre eles as dificuldades econômicas. As famílias de baixa renda frequentemente enfrentam desafios financeiros que dificultam o acesso a recursos educacionais, como materiais didáticos, uniformes e transporte. Além disso, alunos que não recebem apoio emocional e acadêmico de seus responsáveis têm maior probabilidade de abandonar os estudos. Outro fator significativo é a infraestrutura escolar, pois escolas com baixa qualidade educacional e falta de infraestrutura adequada desmotivam os alunos e aumentam o risco de abandono.
Em meio a esse cenário, o Solar Meninos de Luz se destaca no combate a desigualdade social e o abandono escolar através de uma abordagem integral que inclui educação, cultura, esportes, apoio à profissionalização e cuidados básicos de saúde, nas comunidades do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, no Rio de Janeiro.
Com uma educação integral desde o berçário até o ensino médio, garantimos uma formação contínua e estável, o que ajuda a reduzir o abandono escolar. Além disso, a instituição estimula a cooperação entre a escola e as famílias, melhorando as condições de vida e o suporte educacional dos alunos. O Solar Meninos de Luz também oferece assistência social, tratamento psicológico e apoio às famílias, criando um ambiente mais estável para os estudantes. Além disso, promove valores éticos e morais, como amor ao próximo, perseverança e pacifismo, formando cidadãos responsáveis e comprometidos com a sociedade.
Não é a toa que nossos ex-alunos frequentemente se tornam exemplos de autoestima e autonomia, influenciando positivamente suas comunidades. O Solar Meninos de Luz tornou-se um exemplo inspirador de como a educação integral e o apoio social podem combater a desigualdade e o abandono escolar, promovendo um futuro mais justo e igualitário para todos.
Chegou o momento mais aguardado pelos nossos jovens campeões: a troca de faixa.
Mas antes, eles precisaram demonstrar todas as habilidades e conhecimentos adquiridos ao longo do treinamento de um ano inteiro.
Para quem acha que a luta no judô é só no tatame, está muito enganado. É também uma celebração da dedicação e esforço dos alunos, reconhecendo seu progresso e incentivando-os a continuar se dedicando ao judô e aos valores que ele ensina, como coragem, humildade, respeito e responsabilidade, o que inclui a educação.
E para mostrar que ser bom dentro e fora do tatame vale muito a pena, os alunos que se destacaram ganharam um super prêmio pelo reconhecimento de seus esforços. São eles:
Melhores Redações
Erick Mattos Alves (5° ano)
Samuel Heitor (7°ano)
Miguel Arthur Bezerra (1° E.M)
Alunos destaques do Ano
Manuela Santiago Pré 2
Théo Melo 1° Ano
Kayke Gabriel Lima 3° ano
Fernando Braga 7°ano
Depois de mostrarem para os presentes um pouco sobre o que foi trabalhado durante as aulas, chegou a hora de receber a tão desejada nova faixa, num momento solene onde cada aluno simbolicamente deixa sua faixa antiga para trás para receber a nova e todos os novos desafios que vêm a seguir.
Foi um momento emocionante, onde os alunos receberam suas novas faixas das mãos de seus pais, irmãos ou de seus senseis, tornando esse momento ainda mais especial e reforçando o sentimento de conquista e orgulho.
Para quem ainda não sabe, a Escola de Judô Solar Meninos de Luz conta com a metodologia do Instituto Reação e te o patrocínio da Águas do Brasil e do Itaú, através da Lei Federal de Incentivo ao Esporte.
O Rio de Janeiro, também conhecido como “A Cidade Maravilhosa”, é conhecido por suas belas praias, pelo Cristo Redentor e pelo Pão de Açúcar, no entanto, para muitos moradores da cidade, essa imagem paradisíaca não reflete os desafios de suas realidades diárias.
O Solar Meninos de Luz está localizado no centro de três dessas favelas: Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, conhecidas coletivamente como PPG. Localizadas entre Copacabana e Ipanema, elas formam um contraste dramático com a riqueza da Zona Sul do Rio.
De acordo com o censo de 2010, a população combinada do PPG é de pouco mais de 10 mil habitantes, no entanto, embora seja difícil determinar os números precisos, estima-se que a população real esteja provavelmente em torno de quase 30 mil habitantes, onde cerca de 1/5, são crianças e adolescentes que ainda enfrentam desafios diários como a violência do tráfico de drogas, pobreza, abuso sexual, insegurança alimentar e instabilidade doméstica.
Acreditamos que eles têm o mesmo direito a uma boa educação e vida pacífica que seus vizinhos mais ricos. A missão do Solar Meninos de Luz é, portanto, equipá-los com as ferramentas e habilidades para construir um futuro melhor para si mesmos.
Luiz Augusto, que já foi nosso menino de luz, agora possui a sua própria empresa e tem como objetivo criar mais oportunidades para as pessoas do Pavão-Pavãozinho-Cantagalo.
O nosso ex-aluno começou sua jornada na instituição ainda na infância, mas precisou se afastar devido a uma mudança familiar. No oitavo ano, retornou ao Solar, onde enfrentou o desafio de se readaptar. “Demorei um pouco para me ajustar, mas logo percebi que não me via em outro lugar”, conta Luiz.
Sua experiência no Solar foi transformadora, pois os professores foram muito mais do que educadores; foram verdadeiros mentores. “No início, nossa turma não acreditava que poderia alcançar grandes conquistas, como entrar em uma universidade. Mas os professores trabalhavam incansavelmente para mudar essa visão”, explica. Com o apoio deles, Luiz desenvolveu uma nova mentalidade e um forte desejo de continuar seus estudos.
Em 2018, ele se formou e ingressou na PUC-Rio, onde se graduou em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo. Luiz se sentiu realizado por ter conseguido uma vaga em uma das melhores faculdades do Brasil sem custo algum, apenas com sua nota no ENEM. Durante a faculdade, participou de um rigoroso processo seletivo para a Globo, onde teve a oportunidade de trabalhar com futebol, realizando um sonho de infância.
Atualmente, Luiz atua como designer gráfico, prestando serviços para diversas empresas no Brasil e no exterior. Entre seus clientes estão grandes marcas como SLS Brasil e Maximum. Luiz tem como objetivo desenvolver sua empresa e criar mais oportunidades para as pessoas do Pavão-Pavãozinho-Cantagalo, sua comunidade de origem.
“Sou profundamente grato ao Solar Meninos de Luz. As oportunidades e o apoio que recebi foram fundamentais para a minha transformação”, destaca Luiz, refletindo sobre sua trajetória. Sua história é um claro testemunho de que, com determinação e o suporte certo, é possível superar desafios e alcançar grandes conquistas.
Na tarde do dia 24 de Outubro, o Solar Meninos de Luz recebeu um lindo espetáculo de dança, “Frases e Fantasias”. Após o sucesso do ano passado, onde a história do Solar foi contada com pessoas de verdade como intérpretes da narrativa, este ano a proposta foi explorar o universo da imaginação, dando vida a personagens icônicos do cinema.
O evento trouxe ao palco uma fusão de contos que nos são familiares: princesas, sereias, bruxos e bonecos, todos inspirados por frases memoráveis de filmes que marcaram gerações. O espetáculo teve como base a ideia de que algumas frases se tornam parte de nossas vidas, reverberando em nossos corações e mentes ao longo dos anos.
200 alunos participaram do espetáculo e se dedicaram a dar vida a clássicos como “Pinóquio”, “Indiana Jones”, “A Pequena Sereia”, “Harry Potter”, “Mary Poppins”, “Dream Girls”, “Mudança de Hábito”, “A Escola do Bem e do Mal”, “Aladdin” e “Lilo & Stitch”. Cada personagem trouxe à vida uma nova dimensão de histórias que fazem parte do imaginário coletivo, encantando o público com suas performances vibrantes.
O espetáculo contou com a parceria da Valor Arte e foi viabilizado com o patrocínio da Squadra Investimentos, Artplan e Pacifico Gestão de Recursos, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura e da Lei Municipal de Incentivo à Cultura (ISS RJ).