Em novembro desse ano, o Brasil será palco de um dos eventos mais importantes do mundo: a COP 30, que reunirá líderes globais, cientistas e ativistas em Belém, na Amazônia, para debater o futuro do planeta frente à crise climática.
Mas enquanto as atenções se voltam para discussões internacionais, as comunidades do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo debatem o impacto desproporcional que as comunidades de favelas sofrem com os eventos climáticos extremos. Enchentes, deslizamentos e ondas de calor não são apenas problemas ambientais – são desafios sociais que evidenciam desigualdades históricas e pedem soluções inclusivas e sustentáveis.
À convite da Escolas da Libertação, os alunos do Solar Meninos de Luz puderam unir educação, consciência ambiental e protagonismo juvenil. Para os alunos da instituição, as discussões sobre a crise climática não são apenas teóricas. Elas são vividas no dia a dia, refletidas nas chuvas intensas que muitas vezes põem em risco suas casas e suas famílias. É por isso que engajar esses jovens nesse debate é não apenas urgente, mas transformador.
“Esse não é só um movimento para o agora; é o começo de algo maior,” reflete Cybelle, diretora pedagógica do Ensino Médio do Solar Meninos de Luz. “Estamos plantando sementes de conscientização e empoderamento que vão crescer junto com esses jovens.”
Ao unir educação e protagonismo juvenil, o Solar Meninos de Luz oferece um exemplo poderoso de como questões globais podem (e devem) ser discutidas a partir da realidade de quem mais sofre seus impactos. Essa conexão com a COP 30 não é apenas simbólica – é um lembrete de que a transformação climática começa com ações locais, lideradas por vozes que muitas vezes são silenciadas.